CULTIVO
CUIDAR DAS VINHAS,
CUIDAR DO VINHO.
A viticultura na região tem evoluído de forma considerável nos últimos anos proporcionando aos viticultores a obtenção de uvas de melhor qualidade, com produções economicamente viáveis, ambientalmente sustentáveis, que permitem a obtenção de vinhos com uma singular entre relação qualidade e preço.
Na Península de Setúbal, a viticultura encontra-se distribuída por, praticamente, todos os concelhos que a compõem:
- Com uma área total de cerca de 8000 ha, é no concelho de Palmela que se encontra a maior mancha vitícola da região, seguida pelo concelho do Montijo e pelo concelho de Setúbal; Há, ainda, uma área de vinha importante nos concelhos mais a sul do Distrito de Setúbal: Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.
- Apesar de algumas diferenças a nível orográfico, a viticultura da Península de Setúbal é, no essencial, homogénea quanto à sua natureza:
A maior parte das vinhas encontra-se em zonas planas, à exceção das vinhas situadas na Serra da Arrábida.
Os sistemas de condução mais usados são: o cordão Royat bilateral em sebe ascendente na grande maioria das vinhas, e a condução em “vaso” nas vinhas mais velhas.
Em algumas vinhas velhas existentes, com mais de quarenta anos, as cepas encontram-se plantadas com um compasso bastante apertado de 1,3m x 1,3m; o usado na época uma vez que todos os trabalhos de amanho do solo eram realizados recorrendo à tração animal.
Estas vinhas não são aramadas e as cepas são conduzidas de uma forma livre, conhecida por “vaso” ou “taça”.
Muito impulsionada com a necessidade crescente de mecanização dos trabalhos, a instalação e a reconversão de vinhas têm sido prática corrente nos últimos anos.
Assim, hoje recorre-se cada vez mais à instalação da vinha, aos enxertos-prontos e a material vegetativo selecionado que, com um elevado potencial quantitativo e qualitativo de castas tradicionais da região e de novas castas, proporcionam a elaboração de vinhos de destacada qualidade.
Para uma boa instalação da vinha e estabilização e homogeneização da produção, a rega da vinha é essencial nesta região.
Devido ao clima quente e seco de verão e à baixa retenção de água dos solos, o tipo de rega mais utilizado é a rega gota-a-gota; uma técnica já aplicada numa considerável área da região, que origina produções estáveis, tanto em quantidade como em qualidade, e boas maturações das uvas, no ponto ideal de vindima.