COMISSÃO VITIVINÍCULA DA REGIÃO DA PENÍNSULA DE SETÚBAL
Quem somos
GARANTIMOS A ORIGEM,
A QUALIDADE E A GENUINIDADE
DOS VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL.
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) é uma associação de caráter interprofissional e de direito privado sem fins lucrativos. Existimos com o propósito de garantir a origem, a qualidade e a genuinidade dos vinhos dos 13 concelhos do Distrito de Setúbal, bem como assegurar a sua promoção nacional e internacional.
Somos por isso a Entidade Certificadora dos vinhos produzidos na Península de Setúbal, com as creditações D.O. Setúbal, que incluí o Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo de Setúbal, D.O. Palmela e a I.G. Península de Setúbal (Vinho Regional) presente em diferentes vinhos brancos, rosados , tintos, espumantes, frisantes e licorosos da região. A presença destas designações nas garrafas é garantia de qualidade. São vinhos selecionados, que passaram por um rigoroso controlo desde a sua origem até o engarrafamento com base em regras internacionais de conduta.
Apesar de existirmos oficialmente desde 1991, a nossa história começa antes:
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1986A entrada de Portugal na União Europeia origina a reestruturação da designação dos vinhos produzidos, motivando a definição dos estatutos das zonas vitivinícolas da Arrábida e de Palmela, bem como a revisão do estatuto da Região do Moscatel de Setúbal, que passa a usar a denominação Setúbal D.O.
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1991É constituída a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) enquanto associação de caráter interprofissional e direito privado.
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1992É publicada a Portaria de enquadramento do Vinho Regional Terras do Sado, que abarca todo o distrito de Setúbal.
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1997A zona vitivinícola da Arrábida é integrada na de Palmela.
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2004Dá-se o início da “Reforma Institucional do Setor Vitivinícola”, que abrange as regras de funcionamento de diversas entidades relacionadas com o setor. A CVRPS é pioneira neste processo tendo sido das primeiras Entidades Certificadoras a surgir em Portugal.
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2009Neste ano são alterados os Estatutos da CVRPS e é feita a atualização dos diplomas legais de Produção e Comércio das Denominações de Origem Controlada: Setúbal (Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo), Palmela e Indicação Geográfica (Vinho Regional) Península de Setúbal.
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2016Celebração dos 25 anos da constituição da Comissão Vitivinícola regional da Península de Setúbal.
NASCEMOS PARA CERTIFICAR
E TAMBÉM PARA PROMOVER
OS VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL.
A NOSSA MISSÃO
Através de um rigoroso controlo do processo de produção dos vinhos da Península de Setúbal, aplicar a respectiva regulamentação, garantindo a origem, genuinidade e qualidade, bem como promovendo as D.O. Setúbal e Palmela e I.G. Península de Setúbal* nos mercados nacional e internacional.
OS NOSSOS ESTATUTOS
Enquanto associação de caráter interprofissional e de direito privado sem fins lucrativos, vinculamos toda a nossa atividade à Certificação, defesa e fomento das designações D.O. Setúbal, D.O. Palmela e I.G. Península de Setúbal. Neste sentido, cumprimos inúmeras regras internacionais, desde o registo de todas as parcelas das vinhas voluntariamente inscritas até à sua validação, bem como vistoria às instalações, provas de vinho, emissão de relatórios e promoção genérica dos produtos vitivinícolas da região, entre outras atividades.
file_download ESTATUTOS CVRPS
file_download REGULAMENTO ELEITORAL CVRPS
ÁREAS PROTEGIDAS
VINHOS CERTIFICADOS
GARANTIA DE QUALIDADE.
Ser reconhecido pela qualidade é uma tarefa árdua que envolve muitos intervenientes e muitas fases. Mas só assim é possível garantir que o produto certificado está à altura dos critérios mais rigorosos. Garantir estes critérios é reconhecer o valor e as exigências do consumidor. E é por isso que os produtores se sentem motivados a integrar a Região aderindo voluntariamente e aceitando de bom grado cumprir o caderno de especificações das Denominações de Origem (D.O.) e Indicação Geográfica (I.G.).
Conheça as certificações emitidas pela CVRPS e as suas diferenças:
D.O. | DENOMINAÇÃO DE ORIGEM
Designação que identifica o produto vitivinícola quanto à origem e produção nessa região ou local determinado; qualidade ou características específicas devidas ao meio geográfico e a fatores naturais e humanos.
A CVRPS certifica dois tipos de vinho com a designação de Denominação de Origem: D.O. Palmela e D.O. Setúbal.
D.O. PALMELA
UMA PERSONALIDADE FORTE,
ÚNICA, CARISMÁTICA.
Abrangendo os concelhos de Setúbal, Palmela, Montijo e, ainda, a freguesia do Castelo, no concelho de Sesimbra, a D.O. Palmela cobre a mesma área que a D.O. Setúbal, mas exclui a produção de Moscatel de Setúbal.
Aqui, tanto nos tintos como nos brancos, há uma utilização predominante de certas castas que permitem produzir vinhos carismáticos, com personalidades fortes.
Os vinhos tintos tranquilos D.O. Palmela devem conter a casta Castelão, conhecida tradicionalmente por Periquita, em pelo menos 67% do mosto. Com profunda tradição nas zonas arenosas planas, as vinhas de Castelão estão naturalmente adaptadas a este terroir e é nele que a Castelão se expressa em toda a sua plenitude. Desta forma, estes vinhos têm acidez natural correta, taninos presentes e maduros, sendo bastante aromáticos e estruturados, com grande capacidade de envelhecimento. Os jovens e os mais velhos distinguem-se pelo perfil e aromas. Enquanto que os primeiros são caraterizados por aromas como a cereja, a groselha e a framboesa; os mais velhos abarcam outros aromas mais secos, como a bolota e o pinhão.
Entre as castas aptas à produção de vinhos tranquilos brancos D.O. Palmela, predominam a Fernão Pires, Moscatel de Setúbal e Arinto. Enquanto as duas primeiras transmitem o seu marcante aroma floral e de frutos tropicais, a casta Arinto garante uma sólida e prolongada frescura, originando vinhos com boa estrutura e aroma floral e frutado, que os tornam insinuantes e muito atrativos.
Também são certificados com a denominação D.O. Palmela, vinhos tranquilos rosados, vinhos espumantes, licorosos e frisantes.
D.O. SETÚBAL
A REGIÃO DE EXCELÊNCIA DO MOSCATEL.
Os vinhos com denominação D.O. Setúbal são produzidos numa região geográfica delimitada pelos concelhos de Setúbal, Palmela, Montijo e a freguesia do Castelo pertencente ao município de Sesimbra. Esta área é exatamente a mesma que demarca a D.O. Palmela, mas que, sob esta designação, se refere apenas aos vinhos generosos/licorosos da segunda mais antiga região demarcada de Portugal: o Moscatel de Setúbal.
Com uma área produtiva delimitada desde 1907, não obstante a sua produção ser bastante anterior a esta data, é, assim, a região pioneira para a elaboração deste vinho generoso cuja delicadeza e perfume, longevidade, elegância e modernidade o tornam único e especial.
Existem dois tipos de vinhos generosos com direito à denominação de origem controlada Setúbal (D.O. Setúbal): o Moscatel de Setúbal, produzido com a casta branca Moscatel de Setúbal, e o Moscatel Roxo de Setúbal, produzido com a casta rosada Moscatel Roxo. Para receberem a certificação, é obrigatória a presença das castas Moscatel ou Moscatel Roxo em 85% do lote (legislação comunitária) destes vinhos, podendo utilizar outras castas em complemento, tais como Arinto, Fernão Pires, entre outras. Entretanto, convém lembrar, que por tradição, as vitivinícolas da região tenham optado por utilizar 100% de Casta Moscatel ou Moscatel Roxo nos seus vinhos, transformando-os em vinhos monocastas (varietais).
Este vinho generoso branco é caracterizado pelas suas especiais qualidades de aroma e sabores peculiares e inconfundíveis; características que resultam das condições de solo e clima e, sobretudo, da casta Moscatel de Setúbal, considerada a mais aromática do mundo.
De cor dourada, que vai do topázio claro ao âmbar, aroma floral exótico, insinuando a flor de laranjeira e a tília, e até por vezes rosas, os estilos variam. Os vinhos novos têm toques de mel, citrinos, líchias, peras e tâmaras, enquanto que os mais velhos proporcionam aromas mais complexos e subtis, com notas de frutos secos como avelãs, amêndoas e nozes.
Referido por Ferreira da Lapa como a “Quinta Essência dos Moscatéis”, este vinho generoso possui um aroma mais seco e complexo do que o Moscatel de Setúbal, mas não menos rico. É produzido a partir da casta rosada Moscatel Roxo, cuja presença exigida pela regulamentação comunitária europeia é de 85% do lote, mas que, por tradição, os vitivinicultores da região elaboram com 100%, tornando-o um vinho monocasta (varietal).
A prova excede as expectativas criadas pelo aroma, exibindo um paladar finíssimo onde ressaltam as especiarias e as compotas de ginja e figo.
file_download Legislação D.O. Setúbal
file_download Portaria 118
I.G. | INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
(OU VINHO REGIONAL)
I.G. PENÍNSULA DE SETÚBAL
DIFERENTES PERSONALIDADES,
QUALIDADE CONSTANTE.
A área geográfica de produção da I.G. Península de Setúbal, também chamada de Vinho Regional da Península de Setúbal, abrange todos os 13 concelhos do Distrito de Setúbal.
Aqui, a palavra-chave é diversidade de castas. Esta I.G. permite produzir vinhos tintos e brancos com personalidades distintas, mas com uma qualidade transversal, que agrada a uma grande diversidade de consumidores.
Vinhos Multifacetados
A diversidade das castas que podem ser utilizadas na elaboração destes vinhos, a par de alguma heterogeneidade de terroirs, exposições e proximidade diversa ao oceano Atlântico (que se estende por toda a Península de Tróia e abrange, no seu extremo sul, o concelho de Santiago do Cacém), leva a que se produzam vinhos de destacada qualidade e de diferentes características organoléticas, que vão ao encontro de uma vasta gama de preferências dos consumidores.
Há vinhos varietais, que trazem em si o comportamento aromático e gustativo de alguma das mais importantes castas nacionais, como Touriga Nacional, Aragonez, Alicante Bouschet, Trincadeira ou Touriga Franca, e internacionais, como Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot. E também outras apresentações típicas de lote de castas que, com ou sem o contributo de estágio em barrica, cativam os mais exigentes públicos com a sua boa presença aromática e uma prova que impressiona os sentidos.